Ideias esdrúxulas

      Cavalgando numa estrada desconhecida, sozinho, o guerreiro pensa nos seus últimos momentos, nas guerras que tanto idolatrava e se sacrificara. Pensa nos motivos e princípios que tanto o penetrou e o protegeu. Sabe que perdera, praticamente tudo. Sabe que tudo fora uma ilusão. Por quê? Pensara ele, Por quê?   justo isso, que fizera para dar errado. Seria sua culpa? Falta de fé? Ou simplesmente se enganara? Não sabia mais no que crer...cavalgando mais rápido para fugir dos pensamentos e da angústia. Pela floresta, ia para qualquer caminho, afinal, perdera até o sentido da vida e pelo caminho que devia seguir.       Pessoas iam aparecendo e o observava, como, elas pensara, ele chegara a esse ponto de vislumbrar tanto terror no olhar? Elas não o conheciam, não sabiam sua história, apenas o julgava, era mais fácil claro. Passando por elas, o guerreiro nem quisera ajuda, apenas queria sair de lá, de qualquer lugar, queria fugir para um lugar que sumisse seus pensamentos, se

A vida se eleva como um mar Ninguém sabe Ou compreende Nada. O tempo passa O mar se eleva ...abaixa... E a vida vai passando. Ninguém sabe Ninguém compreende Apenas deixe o tempo passar. Afinal, o tempo é o meu rei. Meu escudo é o passado. Minha espada é o futuro. Novamente, a vida se eleva. O mar surge e ressurge. Ninguém sabe. Ninguém compreende. Apenar deixe o tempo passar. Afinal, ele é o nosso rei.     JRM

Viajando pelo tempo Eu vejo céus Vejo a Terra Que se misturam pelo cósmico. Viajando pelo tempo O ar se desnorteia O breve já não existe. O nada é apenas   uma ilusão. Viajando pelo tempo Percebo que nada mais há. Apenar ar E mais ar. Viajando pelo tempo Apenas viajando... Sumindo Até chegar ao fim Que nunca existiu. JRM.